segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Encorajar as escolhas

Encorajar as escolhas Cada vez mais cedo as crianças ingressam nas instituições de ensino, devido ao fato de as mães necessitarem ajudar na renda familiar e também por uma questão de realização pessoal, o que é um direito delas. Esse momento é um tanto quanto delicado e muitas vezes até traumático para as crianças quando não conduzido de maneira correta. A criança precisa de um tempo para se adaptar a essa nova rotina, pois ela se encontra em um mundo novo com pessoas totalmente desconhecidas. Cabe ao professor fazer com que essa adaptação de fato aconteça por meio de um planejamento bem elaborado onde o mesmo elabore claramente seus objetivos sem distinção de cuidar e educar. Dessa forma ele conseguira transformar esse momento traumático em agradável e prazeroso. E com o passar dos dias as crianças não só se acostumam com essa situação, como já iniciam o processo de independência. O professor também pode com sua experiência e vivência ir cativando os pais através de diálogos para que os mesmos se tornem parceiros para com a escola neste processo. O cuidar e o educar na educação infantil estão intimamente ligados, um não acontece sem o outro e muitas vezes de forma lúdica o professor pode cuidar educando. Por exemplo: na hora do banho ou da escovação, cantando uma música, referente ao plano de aula do dia; explicando a importância de se ter hábitos de higiene; aproveitando todo e qualquer momento incluindo assim seus objetivos disciplinados a serem alcançados com a turma. E são nesses momentos lúdicos que o professor aproveita para incentivar a autonomia das crianças e conseqüentemente suas escolhas, pois a criança deve ter voz ativa nas escolhas de quais brinquedos quer brincar, de que forma brincar e com qual colega brincar. Isso faz com que a criança se torne crítica e reflexiva, o que conseqüentemente fará dela um adulto também crítico e reflexivo, disposto a dar suas opiniões, lutar pelos seus direitos e cumprir seus deveres de forma ativa. A forma mais eficaz para que esse encorajamento aconteça é sim de forma lúdica, através dos jogos, brinquedos e brincadeiras, contação de histórias, roda de conversa, dentre outros. Assim as crianças se socializam e interagem umas com as outras, ocorrendo assim às escolhas. A utilização do brincar como instrumento pedagógico vem sendo questão de debate no mundo todo, e se mostrando cada fez mais eficiente, pois as brincadeiras são auxílios no desenvolvimento infantil, valoriza a construção do conhecimento. Quando o professor utiliza as brincadeiras em sala de aula ele propicia as crianças condições de aprendizagem. O brincar é o descobrir. E o descobrir se expande de degrau em degrau para o mundo. Artigo por: Denise Rodrigues de Freitas - quarta-feira, 14 de maio de 2014 Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/56895/encorajar-as-escolhas#ixzz3t1JLlZYR

domingo, 29 de novembro de 2015

A ausência dos Pais na vida escolar e suas consequências.

A Ausência dos Pais na vida escolar e suas consequências.


homework-e1333323850418.jpg (600×400)Atualmente podemos observar com frequência a ausência dos pais na vida escolar de seus filhos. A tendência sempre, à primeira vista, é de criticar ou até mesmo utilizar a famosa frase: “Comigo isso não aconteceria!”. Na verdade, quando se surge a necessidade de falar sobre algum assunto relacionado à educação de filhos, tendemos a expressar uma falsa praticidade, ou seja, o ato de encontrar culpados é bem mais fácil e interessante do que se procurar compreender as complexidades relacionadas ao assunto.
O mundo capitalista no qual vivemos tem estimulado e consequentemente influenciado diretamente nas relações familiares. A necessidade de se obter o melhor para a família, a troca de valores baseada, construída em torno de uma visão capitalista, infelizmente sugere que “coisas são mais importantes do que pessoas”. Daí a situação frequente onde pais tentam compensar o tempo não gasto com seus filhos através de presentes, passeios etc. Enquanto sabemos muito bem que tudo isso nunca substituirá sua presença que gradativamente vai se tornando rara.
A visão que os pais desenvolvem da escola, também deixa claro sua escala de valores, ou seja, a escola muitas vezes não passa de uma empresa disfarçada ou fantasiada de creche e isto está diariamente tornando-se comum. Os filhos são lançados na escola e muitas vezes esquecidos por um transporte escolar que chega com algum tempo de atraso quase todos os dias. Por essas e outras razões, todos os dias são percebidas e diagnosticadas várias dificuldades de aprendizagem em crianças aparentemente saudáveis e normais.
Este artigo pretende mostrar a importância que devemos dar e tratar deste problema que é a ausência dos pais na vida escolar de seus filhos, alunos do ensino fundamental. Este artigo foi organizado a partir de uma pesquisa bibliográfica e tivemos suporte teórico de autores como Rolando O. Benenzon (1987), George Guilder (1996), Gérard Guillot (2008), Isabel Parolin (2002), Alícia Fernandes e outros.
Percebendo tal problemática, ou seja, a ausência dos pais, é que nos sentimos motivados a realizar uma pesquisa voltada para essa necessidade. Este artigo está organizado de forma sistemática em que relacionamos o assunto em destaque (A Ausência dos Pais na Vida Escolar das Crianças de Ensino Fundamental) com as questões ligadas à aprendizagem. É de vital importância abordar tal assunto, já que ele é tão presente em nossos dias.

Os Companheiros das Crianças e Substitutos dos Pais

Encontramos inseridos na rotina dos filhos, alguns substitutos dos pais, ou seja, substitutos da presença materna e paterna.  A criança desamparada pelo pai e pela mãe procura parentes, empregados, vizinhos e amigos para interagir. Algumas vezes consegue compartilhar sua vida em outra esfera social, mas muitas vezes, vítima da negligência dos pais, cresce sem amparo e sem atenção. O uso de drogas ou álcool, o comportamento violento ou a prostituição são formas encontradas pelos adolescentes negligenciados para reagir ao sofrimento causado por essa rejeição (GOMIDE, 2005, p. 74).
Isso ocorre porque a necessidade de amparo, cuidado e atenção que as crianças trazem consigo muitas vezes não demonstra tão abertamente o que realmente elas sentem, ou seja, mascaram tais sentimentos por causa do comportamento dos pais deste século. Já que isso tem se tornado tão comum, resolvemos destacar alguns substitutos a seguir descritos:

      Vídeo-game

videogame.jpg (507×337)Os jogos de vídeo-game têm sido, sem dúvida nenhuma, um dos escapes e companhia das crianças e adolescentes. O problema é que, se por um lado, as crianças conseguem se manter concentradas nos jogos, por outro elas vão supervalorizando-os e, gradativamente, essa atividade vai ganhando tempo e espaço em suas vidas. Outra dificuldade é que o lado tendencioso dos jogos revela-se cada vez mais nocivo, mostrando a violência e influenciando as crianças e adolescentes a essa postura absolutamente destrutiva, à perda de limites, à rebeldia e outros comportamentos que vão de encontro aos verdadeiros valores que deveriam nortear nossa sociedade.
Hoje em dia, diversas pessoas têm gasto boa parte de seu dia e de sua noite na frente de computadores ou de televisores, desejando alcançar o próximo nível de seus jogos. Sabemos que quando trocamos o dia pela noite, nossa produção sofre uma perda muito grande, uma vez que o cansaço baixa sobremodo nosso rendimento. Quando vamos adquirir novos conhecimentos se a nossa mente demonstra sinais de esgotamento físico e nervoso? Ora, se uma criança vai à escola com sono, a aprendizagem certamente será comprometida, pois onde ela encontrará disposição para aprender?
A noção de tempo é também um fator a ser observado. Atualmente, milhares de crianças utilizam a Internet para jogar e ou baixar jogos e ficam horas e horas na frente do computador brincando. O fato de brincar, de usar jogos como entretenimento é algo positivo, considerando-se alguns tipos de programas. Entretanto, o problema é quando as pessoas começam a perder a noção de tempo, trocando o dia pela noite e vice-versa, deixando de lado as atividades, responsabilidades, afazeres e permanecendo um bom tempo na internet, no Orkut etc. Os resultados são visíveis como crianças sonolentas em sala de aula, agressivas sem motivos aparentes, senhoras de si e de seus horários.

A Televisão

A-influência-negativa-da-televisão-para-as-crianças.jpg (468×315)O referido eletrodoméstico tem se tornado mais do que um companheiro: um assustador número de pessoas organizam suas vidas a partir de sua programação. Isso não é diferente com as crianças e adolescentes. Podemos constatar facilmente isso através de um simples corte de cabelo, um modelo de roupa, uma marca de tênis, expressões utilizadas por famosos etc. Além de tudo, vemos valores morais básicos sendo totalmente deturpados: a ideia do bandido e do mocinho, por exemplo, é algo que tem sido distorcido com frequência nos filmes de Hollywood. Um bandido que se torna mocinho, mas que continua matando, roubando etc. A imagem de educadores sendo ridicularizados e estigmatizados nos programas e filmes para o público “teen” também é um fator a se considerar. Tais situações exibidas têm gerado questionamentos interiores como: para que estudar, se posso ter facilidades e vantagens de maneiras imediatistas?.
Além disso, temos outra agravante: a exibição e exposições dos menores ao sexo e outras apologias afins. A visão distorcida de liberdade é algo que também é presente nos dias de hoje quando é transmitida para o público adolescente através de telenovelas a falsa necessidade de fugir, sair de casa para conquistar um espaço onde se possa fazer de tudo sem ter que dar satisfações a ninguém.
As famílias desconhecem os efeitos nocivos que filmes e programas violentos podem causar para o desenvolvimento de seus filhos. Pesquisas dos últimos trinta anos são contundentes em demonstrar que as crianças e os adolescentes que assistem a muitos filmes violentos apresentam mais comportamentos agressivos que aqueles que veem poucos ou não assistem a programas violentos. Esse efeito da violência na televisão é muito mais acentuado em crianças que são negligenciadas e deixadas aos cuidados da “babá televisão”. Isso ocorre porque as mães permitem que outros personagens ocupem o seu lugar fornecendo modelos e valores a seus filhos, muitos deles, contrários aos seus desejos (GOMIDE, 2005, P. 80-82).

O Computador

Crianca_Internet.jpg (480×300)Do senso de praticidade e da criatividade humana surgiu o computador, que também veio popularizar-se, tornando-se um meio poderoso de comunicação quando especificamente utilizamos a internet e acessamos o Orkut, o MSN, criamos um blog, um twitter etc. Torna-se muito fácil nos dias de hoje conhecer pessoas e comunicar-se com elas através da internet. Esse instrumento poderoso não é somente utilizado para conversar com pessoas, mas também para pesquisar, estudar etc. Fukuyama relata que a internet serve para que milhões de pessoas separadas por milhares de quilômetros conversem horas a fio teclando suas frases nos computadores a pagando o preço de uma ligação telefônica local. Serve para consultar um livro ou um documento em 200 bibliotecas que podem ser acessadas à distância 24 horas por dia. É a verdadeira “aldeia global”. “A internet permite ao usuário invadir bibliotecas do mundo inteiro, visitar o Louvre e ver seus quadros ou reservar uma passagem no próximo voo para qualquer país. Pela internet, fala-se com o mundo.” (FUKUYAMA apud OLIVEIRA, 2001, p.46).
Torna-se um grande problema quando achamos que conhecemos as pessoas e as pessoas nos conhecem, ou seja, hoje em dia é muito comum as pessoas assumirem uma falsa identidade, usando um nome falso, expondo uma fotografia de outra pessoa, dados irreais com a finalidade de se beneficiarem de alguma forma. Os jornais, revistas e telejornais noticiam com frequência pessoas que foram enganadas, usurpadas por redes de prostituição, pedofilia, e ladrões virtuais. Um instrumento que é utilizado para a aquisição de cultura, conhecimento e lazer também tem sido usado de forma nociva.
Segundo Alessandro Vieira dos Reis, analista de comportamento e game designer, o psicólogo da internet, Joseph Licklider, tinha como objetivo ou utopia, fazer uso da ARPAnet (um programa inovador do departamento de defesa dos EUA) para criar uma rede de comunicação que democratizasse o saber visando trocas, como o mútuo aprendizado de seus membros. Sua tese seria a de que pessoas conectadas poderiam instruir-se umas às outras à distância, criando assim o primórdio das atuais comunidades virtuais. Com sua popularização, ocorrida por volta de 1995, a internet saiu dos laboratórios universitários e adentrou empresas e lares. Para ser mais preciso, invadiu o cotidiano de milhões de pessoas no mundo (REIS, 2009, p. 31).
Algumas propagandas enganosas, mas atraentes, podem levar contaminação do computador por vírus eletrônicos os quais têm o poder de apagar seus arquivos e outras áreas. Pedidos de dados para criação de e-mails, blogs, orkuts etc devem ser encarados com muito cuidado.

Os Professores
sala de aula.jpg (267×200)Sabemos que as crianças permanecem uma boa parte de seu dia na escola, em alguns casos, permanecem o dia todo, retornando somente à tarde e em outros casos só nos finais de semana. Muitas dessas crianças por sentirem a ausência dos pais, tornam-se carentes e geralmente identificam-se afetivamente com seus professores, chegando a chamá-los de pai e mãe. Tais vínculos são positivos até certo ponto, pois se crê que isso auxilia no processo de ensino e aprendizagem da criança, mas por outro lado um professor não é o pai do aluno, ele não pode tomar para si a responsabilidade no aspecto integral e legal da situação. O fato é que muitos pais têm confundido as responsabilidades do professor no que diz respeito a seus filhos. A falta de reconhecimento de seus próprios deveres como pais, os tem levado a prejuízos incalculáveis, desde o desejo das crianças de chamarem a atenção para si por meio de várias idas à direção da escola até expressões de agressividade física e ou verbal. E a aprendizagem?
Essa torna-se comprometida, queimando etapas primordiais no processo de aquisição de conhecimentos-chave para o desenvolvimento da criança como um todo.
Alguns professores que trabalham com crianças “esquecidas” pelos pais, já ouviram muitos de seus alunos a sutil proposta de serem adotados, de os levarem para casa etc. É muito interessante observar a postura dessas crianças que “gritam em seus corações” por presença paterna e por incrível que pareça isso atrapalha o processo de ensino-aprendizagem.
Os professores de certa forma não são preparados em sua formação para lidar com alguns problemas típicos da rotina de educador. Muitos desses professores se queixam de uma formação que não está voltada para a realidade do dia-a-dia escolar. “Sem critérios bem definidos para a implementação dos programas acabam sendo oferecidos, a título de formação continuada, cursos de curta duração, palestras e seminários que não têm o poder de acompanhar a evolução do professor nem de mudar a forma como ele trabalha.” (MARTINS, 2008, p. 54-61).

Os Amigos em Comum

crianças-escola.jpg (570×428)Os grupos sociais são formados na verdade por causa de interesses afins, ou seja, uma visão em comum, os mesmos objetivos etc. No caso das crianças não é diferente e por haver essa identificação com os outros da mesma faixa etária ou um pouco mais velhos, surgem também as influências por parte daqueles que são considerados os ”problemáticos” e se os pais ou responsáveis não perceberem a tempo, a aprendizagem do indivíduo torna-se comprometida. É comum observarmos em sala de aula que às vezes um aluno consegue influenciar todos os outros e, geralmente, para pior. Ao contrário do que se pensa, criança tem muito assunto para falar com os colegas, é só parar perto de dois ou mais garotos da mesma idade ou de idades aproximadas e pode-se notar logo os gostos semelhantes. Por incrível que pareça, em alguns casos, tais relações prejudicam o desenvolvimento do aluno, implicando em dificuldades em suas relações interpessoais.
Outra situação importante dentro da perspectiva das influências por parte dos amigos em comum é o contato com bebidas, drogas etc. algo a se refletir é como está a auto-estima de nossas crianças. Uma criança com baixa auto-estima pode ser uma presa fácil para aqueles que possuem grande tendência a manipular. “Quem tem uma boa auto-estima vai ser capaz de dizer não, porque não teme perder o apoio do grupo”, avalia Tania Zagury, educadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, especializada em adolescentes. Mas se a criança for insegura, não vai resistir ao primeiro ‘filhinho da mamãe’, acaba cedendo (ZAGURY apud VEIGA, 2000, p.71)
Segundo Veiga (2000), os estudos que avaliam a importância da auto-estima no bom desenvolvimento das crianças proliferam nos países desenvolvidos, onde os problemas básicos já foram resolvidos e é possível se concentrar nas angústias da alma. Ela ainda relata que no começo do ano 2000, pesquisadores da Universidade Harvard concluíram que, na dolorosa seara da anorexia e da bulimia, os distúrbios alimentares mais graves, a baixa auto-estima é um requisito essencial para a evolução da doença: toda menina obcecada em emagrecer age assim porque não se acha bonita e, se não é bonita, não vai conseguir arranjar amigos (VEIGA, 2000, p.71).
É bem verdade que, além dos amigos em comum, temos aqueles nos quais nos espelhamos como é o caso de atores, cantores e pessoas do meio artístico em geral. Atualmente, a mídia exerce grande influência na vida das crianças e adolescentes e por que não dizer sobre as pessoas de um modo geral? Isso tem gerado um padrão muito elevado de beleza, ou seja, um padrão em que muitos não podem se encaixar.

As Atividades Extra-escolares

crianca-estudando-cansada-12228.jpg (620×372)Atualmente, vivemos situações constantes de disputas no que concerne ao mercado de trabalho. As pessoas têm sacrificado seu tempo de descanso, de estar com a família ou até mesmo de lazer para estudar, se especializar. Por um lado isto é ótimo para suas vidas profissionais, mas por outro, perdem os momentos cruciais de estarem com seus filhos, os quais sentem a reclamam a ausência dos pais. Os pais, por outro lado, tentam compensar essa ausência de algumas formas, dentre elas, está o desejo de seus filhos serem bons profissionais, mas eles não percebem que, de certa forma, ao introduzirem na rotina de suas crianças várias atividades extra-escolares como balé, karatê, judô, capoeira, natação, línguas etc. podem estar sobrecarregando seus filhos e colhendo frutos amargos.
O desejo de alcançarem o melhor para os filhos e de prepará-los para a obtenção de uma vida financeira estável não os tem preparado para a vida em si. Consequentemente, vemos hoje crianças e adolescentes dormindo em sala de aula, estressados, hipersensíveis também pelo excesso de atividades extra-escolares.
Para o aspecto cognitivo, ou seja, no que diz respeito à aprendizagem, o baixo rendimento é uma possibilidade a ser considerada. “sob o ponto de vista behaviorista, a pedagogia entende o aprendiz não como uma máquina de acúmulo de conhecimentos, mas um indivíduo único e modificado para o resto da vida” (SKINNER apud REIS, 2009, p. 37).
A ideia de que as crianças brincam e que devemos deixá-las brincar até se cansarem e depois elas dormirão, ainda permanece impregnada na sociedade de forma bem sutil. Logo, quanto mais atividades a criança tiver para realizar durante o dia, menos “trabalho” dará a seus pais, pois quando chegar a sua casa, irá descansar. É claro que no meio de toda essa discussão existem pais esclarecidos e criativos que mesmo com todas as responsabilidades e correrias encontram soluções para estarem mais presentes na vida de seus filhos. Por outro lado, a Agência de Notícia de Jornalismo Científico diz que as crianças que não brincam sofrem de falhas nas capacidades de interação social e valorização da auto-estima (PROGRAMADOS, 2009).

Os Avós

timthumb.php (576×345)A cada dia que passa, torna-se mais complicado contratar alguém para tomar conta das crianças, uma babá por exemplo. A onda de perigo está alta. Pessoas violentas e desestruturadas emocionalmente e psiquicamente, estão se candidatando para cuidar de nossas crianças. Muitos pais, percebendo esse perigo, valem-se dos avôs, ou seja, de seus próprios pais para desempenharem tal função. Segundo Guillot (2008, p. 88), em 2020 os avós representarão 40% da população (17 milhões) e em 2040 serão 21,5 milhões. Outra situação real e corriqueira é que alguns, por carregarem suas dificuldades interiores como ansiedade, carência etc. acabam queimando etapas de suas vidas e de repente encontram-se em tenra idade e com filhos para cuidar, vendo a grande problemática em que se meteram, correm e pedem socorro para seus pais. Daí a intervenção dos avós que, cheios de boa intenção, pensando estar contribuindo para uma boa formação de seus netos e no geral desencadeiam atitudes de mimo e superproteção que deixam marcas e uma má formação na personalidade da criança que em contrapartida torna-se um adulto cheio de dificuldades, sejam elas de ordem emocional, psíquica etc.
Infelizmente, vemos numerosas histórias iguais ou muito parecidas onde muitas crianças problemáticas, rebeldes e desinteressadas pelos estudos, sem postura alguma para aprender, para viver uma vida escolar plena, crianças perdidas dentro de si mesmas, onde suas escalas de valores estão totalmente invertidas, a um passo da marginalidade. O costume de pedir à mãe para ficar com o bebê ou as crianças menores enquanto vai ao centro, está vivo até nos dias de hoje. É certo que a necessidade existe, mas muitas necessidades transformam-se em hábitos. Os avós também precisam de descanso, mas infelizmente muitos filhos e filhas não percebem que a privacidade ensinada por seus avós, funciona também para seus pais e passam a semana entregando seus filhos a eles e nos finais de semana estão todos novamente na casa de seus pais. Alguns avós até gostam, no entanto com o passar do tempo, sentem-se cansados e sem condições para continuarem a cuidar de seus netos. Muitas famílias desestruturadas vivem em torno de seus patriarcas e matriarcas e vivem dependentes não somente no aspecto emocional, mas também financeiro.
As relações também são desordenadas e é muito fácil ver os netos chamarem seus avós de “Pai” e “Mãe” e não somente isso, mas vivenciando toda uma relação, um vínculo afetivo paternal. Na cabeça de uma criança, o relacionamento em que se misturam as funções de pais e avós pode desencadear uma confusão muito grande com consequências marcantes para toda sua vida.
As novas famílias, os novos padrões, os novos modelos familiares são reais e complexos e quanto mais complexos, mais surgem dificuldades por parte das crianças no que diz respeito à divisão mental dos papéis familiares, isso interfere diretamente na aprendizagem, na aquisição de novos valores. O fato é que quanto mais simples as relações, as divisões de tarefas, de responsabilidades parentais mais probabilidade de saúde emocional, psíquica, equilíbrio da autonomia pessoal.

As Domésticas

cuidadoraG.jpg (350×470)Outra situação é a questão da contratação de domésticas, babás, serviçais etc. Infelizmente, os pais passam a maior parte do tempo fora de seus lares e as crianças quando, não estão na escola, estão em casa, é claro. A pergunta é: O que essas crianças farão sozinhas em casa? Daí a necessidade de se contratar domésticas. Tais mulheres acabam não somente realizando tarefas do lar, mas também cuidando das crianças que, por outro lado, desenvolvem vínculos afetivos com essas mulheres.
Por outro lado, alguns têm uma opinião diferenciada e dizem que a relação entre pais e babá é diferente de qualquer outra que envolve patrão e empregado. Babás veem os patrões de roupão, ensinam os filhos a comer, estão presentes em todas as festas de família. No entanto, são apenas relativamente distantes da família, sem vínculos afetivos. Assim, esse é uma convivência em que o emocional e o profissional se misturam a todo momento (AS BABÁS, 2010).
Nas telenovelas que têm como contexto histórico a época da escravatura, é comum observar as crianças e moças brancas chamarem suas serviçais de “Bá”, ou seja, as mulheres que cuidavam como se fossem mães dessas pessoas. Atualmente, é muito raro encontrar domésticas que inspirem confiança, pessoas que já estão morando por algumas gerações com famílias. A construção de vínculos é progressiva e profunda. A grande problemática é que geralmente essas pessoas tão queridas, são desprovidas de conhecimentos pedagógicos necessários para acompanhar essas crianças. Se possuem, durante algum tempo conseguem acompanhar as crianças nas tarefas de casa, mas quando essas crianças passam para séries mais avançadas, falta-lhes o suporte necessário por causa da formação limitada de alguns.

 Crianças que Cuidam de Crianças
patten_2.jpg (369×514)A necessidade de prover o alimento e as demais coisas do lar é que trouxe, por parte dos pais, o desejo de estarem inseridos no mercado de trabalho e em alguns casos, os pais precisam deixar as crianças com alguém, no caso de haver um adulto com quem possam contar. Se não houver, deixam com o filho mais velho que não é tão velho assim, ou seja, não passa de mais uma criança que assume as responsabilidades de um adulto.
Uma grande porcentagem de acidentes domésticos ocorre com crianças no próprio lar, pois os cuidadores assumem a tarefa de preparar os alimentos, limpar a cozinha, cuidar das crianças, fazer as compras. E quando essas responsabilidades são impostas às crianças? Esse é um ponto digno de constante reflexão por parte de todos. Será que uma criança possui estrutura suficiente para cuidar de si mesma e de outras crianças? Cremos que a visão de responsabilidade de uma criança é bem diferenciada da visão de um adulto. Por exemplo: sua necessidade de brincar é algo permanente e com ela sua escala de valores. Por outro lado, existem aqueles que declaram que as crianças conseguem se adaptar bem à ausência dos pais, os quais precisam trabalhar fora para manter financeiramente suas famílias.
Segundo Veiga (1999), as crianças têm outra visão do assunto. De acordo com ela, as crianças aceitam que seus pais estejam fora de casa desde que mostrem e provem que, estejam onde estiverem, permaneçam sempre sintonizados com os pimpolhos e desde que no fim do mês ponham um bom dinheiro em casa. Tais informações são fonte de uma pesquisa realizada no mesmo ano nos Estados Unidos com mais de 1000 crianças e adolescentes entre 7 e 18 anos. O estudo foi feito pela educadora Ellen Galisnky.
Um fato comum que ocorre é se o casal possui mais de um filho e resolve deixá-los só em casa, o mais velho toma conta do mais novo, assumindo algumas tarefas que exigem o contato com coisas que apresentam certo grau de perigo. O filho mais velho encontra-se numa situação em que requer dele mais do que geralmente pode oferecer. Vê-se, invariavelmente, tendo de tomar decisões que caberiam somente a adultos.

 Os Porquês da Ausência

Corbis-42-23158750.jpg (640×427)Muitas são as razões da ausência dos pais na vida escolar dos filhos. Sabemos que alguns pais não possuem menor tato com as crianças, externando assim a falta de preparo emocional, intelectual e de outras ordens afim. O fato é que a dificuldade é palpável e latente. Bem sabemos que muitos pontos referentes à ausência dos pais estão diretamente vinculados às relações familiares.
Tentaremos explanar algumas razões dessa ausência. Destacaremos aquelas que estão diretamente relacionadas às dificuldades de aprendizagem apresentadas pelas crianças do Ensino Fundamental.
Segundo Pichon, a família é a estrutura social básica de um sujeito. Daí a importância que a escola tem dado à família de seus alunos e os terapeutas à família de seus alunos e aprendizagem. (RIVÈRE apud PAROLIN, 2002).

Fonte: https://psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/a-ausencia-dos-pais-na-vida-escolar-das-criancas-de-ensino-fundamental © Psicologado.com

A participação dos Pais no processo de escolarização dos filhos.

A participação dos Pais no processo de escolarização dos filhos.

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1. Introdução

A participação dos pais no cotidiano escolar dos filhos é um fator determinante para o desempenho do aluno na escola, tornando a família a instituição importante no processo ensino-aprendizagem.  Bhering e Siraj-Blatchford (1999) destacam que a participação de pais na escola não só colabora com o processo escolar, como também na melhoria do ambiente familiar, provocando uma melhor compreensão do processo de crescimento e aprimoramento das reações.
Para isto, desenvolveu-se este trabalho no intuito de responder à seguinte problematização: Qual a percepção dos pais de uma escola particular de um município do interior do estado de Rondônia sobre a interação existente entre a escola e a família, e como compreendem o papel da escola e da família na formação dos filhos? 
Assim, o texto que segue apresentará na fundamentação teórica questões referentes ao relacionamento entre a escola e a família, considerando estas como duas instituições responsáveis pela inserção do indivíduo na sociedade. No segundo momento, o desenvolvimento do trabalho, abordará sobre a participação dos pais no cotidiano escolar dos filhos. Posteriormente serão feitos esclarecimentos sobre a metodologia e análise dos dados, sobre o questionário, onde constam os seguintes quesitos: a integração entre família e escola; o comparecimento às reuniões; a formação global do filho; as estratégias utilizadas pela escola para articular com a família; como os pais avaliam as reuniões na escola; a função social da escola; a função da família; como os pais gostariam que fosse a articulação família-escola e como os pais contribuem para o processo de aprendizagem do filho. E por fim apresentará as considerações relevantes a respeito do aprendizado e sobre os resultados obtidos no trabalho.

2. Família-Escola

A parceria entre família e escola é essencial para o crescimento da pessoa, pois essas duas instituições são responsáveis por preparar o indivíduo para atuar na sociedade. Desta maneira, esse item apresentar-se sobre a participação dos pais no cotidiano escolar.
De acordo com Rocha e Macedo (2002), o envolvimento dos pais nas escolas gera efeitos positivos nos pais e nos professores, nas escolas e na sociedade. Os pais que contribuem frequentemente com a escola permanecem mais motivados para se submergirem nos processos atualização profissionais e assim, aperfeiçoam a sua autoestima como pais.    
A família exerce o principal papel na modificação da conduta dos filhos no meio social. É nela que a criança adquire conhecimentos para se adaptar em diferentes meios, independentemente da cultura e das regras impostas, pois a família é responsável por educar os indivíduos para viver em sociedade.
Segundo Guzzo e Tizzei (2007, p. 42), "A família representa um ambiente extremamente importante para o desenvolvimento da criança, porque é o primeiro sistema em que o ser humano se insere na sociedade, por meio do qual começa a estabelecer seu vínculo com o mundo". 
Conforme Rubinstein (2003), a aprendizagem proporcionada pela escola não compreende apenas o conhecimento social, mas também valores e ideais. A escola é o lugar onde ocorre a continuidade dos princípios familiares. Assim, a escola permanece encarregada de receber e orientar o aluno em complementação à educação da família, para que possa se acomodar no meio, da melhor forma possível.
De acordo com Cardoso (2009), o papel da escola encontra-se alicerçado nas questões relacionais, sociais, nas capacidades cognitivas, na habilidade de lidar com o novo. Por isso, compete à escola tornar o indivíduo um cidadão capaz de exercer a sua cidadania, bem como reconhecer seus direitos e deveres.
Sendo assim, família e escola devem educar como equipe para propiciar ao sujeito em desenvolvimento maior segurança para enfrentar as dificuldades que são impostas pela sociedade. Desta maneira, entende-se que tanto o acompanhamento familiar interfere no desempenho da criança no contexto escolar e vice-versa. Por este motivo faz-se necessário trazer como referencial teórico neste artigo a discussão sobre a participação dos pais/ Cuidadores  na escola.       

3. A Participação de Pais/Cuidadores na Escola

A participação de pais na vida escolar dos filhos é reconhecida por muitos professores como um fator importante para o rendimento do aluno em sala de aula, influenciando, portanto no desempenho das atividades educativas. Para Bastos (2001, p. 66), a escola apresenta a preocupação de levar o conhecimento científico ao aluno, dando continuidade e complementando a educação familiar. Para isto, preocupa-se como conseguir a adesão da família nas atividades escolares.
De acordo com Patto (2006), muitas atitudes tomadas dentro da instituição escolar, podem influenciar e aprofundar as dificuldades vividas por uma criança. Entretanto, muitas crianças apresentam algumas dificuldades que somente a escola, poderia observar e informar aos pais.
Para Anastácio (2009), na educação deve haver conhecimento, disponibilidade, e empenho por parte da família em saber o que está acontecendo dentro da escola, reconhecendo e estimulando a aprendizagem da criança. Com isso, estará colaborando para o desenvolvimento da mesma.
Contudo, sabe-se que muitas famílias não participam efetivamente do cotidiano escolar dos filhos e, consequentemente, influenciam negativamente no desenvolvimento do aluno em sala de aula. Os educadores buscam estratégias para que os pais se envolvam mais no processo de aprendizagem através de reuniões, que são utilizadas para relatar o que acontece na escola e com o aluno e/ ou promovem atividades de integração entre  pais e filhos. Apesar dos esforços, nem sempre os pais comparecem nestes eventos, frustrando as expectativas da escola.
Para que os pais participem do cotidiano escolar dos filhos é necessário que a escola tome a iniciativa de convidá-los, visto que muitos pais não têm o conhecimento de como é o processo de aprendizagem ou mesmo, como podem auxiliar nas dificuldades encontradas na instituição.
Por isso, uma das formas mais utilizadas pelas escolas para que os pais participem do aprendizado dos filhos, é o dever de casa, que é uma forma para que possam perceber as dificuldades e o rendimento do filho.
Para Carvalho (2004), planejado como parte complementar do processo ensino-aprendizagem, o dever de casa não somente afeta o trabalho do docente, mas a vida dos estudantes fora da escola e sua rotina familiar, uma vez que a conexão entre as atividades de sala de aula e de casa promovem a aproximação familiar, em apoio as atividades escolares. Portanto, como fundamental componente da interação família–escola, o dever de casa ocorre através de uma política simples, ampliada por famílias e escolas, a uma política formal que profere os esforços educativos destas instituições.
O mesmo autor coloca que "o sucesso escolar depende em grande parte, do apoio direto e sistemático da família, que investe nos filhos, compensando tanto dificuldades individuais quanto deficiências escolares". (CARVALHO, 2000, p.144).
Como podemos perceber, o desempenho das crianças na escola depende, em grande parte, mas não exclusivamente, da participação e colaboração dos pais. Portanto as escolas devem buscar formas de parcerias com as famílias de seus alunos, para que juntos possam desenvolver uma educação proveitosa e de qualidade.
Para Ribeiro e Lomônaco (2002), uma das formas mais eficazes de ganhar a confiança dos pais, é abordar assuntos relacionados à vida escolar de seus filhos, escutar e debater propostas que visem esclarecer assuntos conflituosos para ambas as partes.     
Portanto, a parceria entre as duas instituições que são responsáveis pela educação e integração das crianças na sociedade, deve ser extremamente colaborativa, para que juntas, possam desenvolver estratégias para uma educação de qualidade. 

Fonte: https://psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/a-participacao-dos-pais-no-processo-de-escolarizacao-dos-filhos © Psicologado.com

A importância dos jogos para as crianças




Utilizar o jogo como atividade lúdica é proporcionar ao indivíduo que está jogando, conhecimento de maneira gratificante, espontânea e criativa.

A atividade lúdica pode ser um eficiente recurso aliado do educador interessado no desenvolvimento da inteligência, tanto de adultos quanto de crianças.
Trabalhar com os jogos possibilita diversos objetivos:
  • Desenvolver a criatividade, a sociabilidade e as inteligências múltiplas;
  • Dar oportunidade para que aprenda a jogar e a participar ativamente;
  • Enriquecer o relacionamento entre as pessoas;
  • Reforçar os conteúdos escolares já aprendidos;
  • Adquirir novas habilidades;
  • Aprender a lidar com os resultados independentemente do resultado;
  • Aceitar regras;
  • Respeitar essas regras;
  • Fazer suas próprias descobertas por meio do brincar;
  • Aumentar a interação e integração entre os participantes;
  • Lidar com frustrações se portando de forma sensata;
  • Proporcionar a autoconfiança e a concentração e muito mais…
Na Matemática, assim como em outras matérias, os jogos ajudam a criar contextos de aprendizagem significativos. É uma forma de respeitar o modo como as crianças aprendem, dando a todos a chance de se relacionar com o conhecimento de uma forma mais prazerosa, significativa e produtiva.
Através de um jogo, as crianças podem aprender com diversão. Ofereça jogos para as crianças.Isso é aprender brincando.

 Referência: http://www.papodaprofessoradenise.com.br/a-importancia-dos-jogos-para-as-criancas/ acesso 14/11/15

quinta-feira, 19 de novembro de 2015


Brincadeiras sensoriais estimulam a inteligência e a criatividade das crianças através dos cinco sentidos.
Teoria X prática

            Crianças (e adultos) aprendem melhor quando as informações são processadas por mais de um dos sentidos ao mesmo tempo. Prova disso é que as lembranças favoritas de infância frequentemente estão associadas a um aroma, som ou sabor... Quando sentimos um cheiro ou ouvimos uma música familiar, é como se aquela sensação nos transportasse de volta ao passado. O cérebro é capaz de recuperar imagens e sensações a partir de um estímulo dos sentidos. 

         
 Por exemplo, em crianças com hipersensibilidade
Nossa civilização é tão voltada para o audiovisual que quase deixamos de lado os outros sentidos ao ensinar os nossos filhos sobre o mundo que nos cerca. Dei-me conta do potencial que podemos estar negligenciando todos os dias... Deixando de chamar atenção sobre texturas, aromas, gostos -- conhecimentos que podem muito bem ser integrados ao que as crianças vêem e ouvem, proporcionando uma experiência mais completa de cada momento e enriquecendo a capacidade de discriminação do cérebro

Porque a aprendizagem sensorial é tão importante

Logo após o nascimento, o cérebro do bebê começa a fabricar conexões entre os neurônios -- as chamadas sinapses, que servem para transmitir e armazenar informações. De acordo com estudos, o cérebro de um recém-nascido chega a criar de 2 a 3 milhões de delas por segundo! A estimulação pelo tato, a visão, a audição, o olfato e o paladar ativam os justamente neurônios que são os maiores responsáveis pela formação dessas conexões. 
É como se cada uma das sinapses fosse um hiperlink que vai associando uma idéia à outra. Quanto mais "emaranhada" for à rede de conexões entre os neurônios, maior a capacidade que a pessoa tem de relacionar diferentes temas e ter pensamentos criativos e inovadores. Por outro lado, as conexões que deixam de ser usadas acabam sendo eliminadas. 
O quadro abaixo mostra como evoluem as sinapses no cérebro humano:

         
Do nascimento até mais ou menos 5 anos, ocorre uma grande proliferação de sinapses. É a chamada "mente absorvente", que funciona como uma esponja e capta tudo à sua volta. O grande potencial de aprendizagem nesta etapa é justamente a capacidade que o cérebro da criança tem de "absorver" vários estímulos ao mesmo tempo, sem nem se dar conta. Com o desenvolvimento do cérebro e a necessidade de processar informações mais complexas, começa um processo natural de seleção que elimina as sinapses menos utilizadas, fazendo com que o cérebro fique mais eficiente e possa "investir" mais energia em um repertório cada vez mais sofisticado. 
Por isso, os estímulos sensoriais apresentados à criança desde cedo são como as ferramentas mentais que ela terá para usar no futuro. Crianças precisam de espaço para se movimentar (sem acessórios com restrições de mobilidade, tais como cercadinhos e andadores); oportunidades de explorar objetos sozinhas com as mãos (sim, os armários de panelas e potes na cozinha são um excelente passa-tempo!) e também chance de se expressar e comunicar.  

           
Em contrapartida, existem estímulos negativos que podem ter efeitos sérios no desenvolvimento das crianças. Ruído constante, estresse, isolamento social, experiências associadas ao medo -- todas representam estímulos negativos que podem até mesmo afetar o crescimento do cérebro. Existem pesquisas que indicam que os bebês que não recebem estímulos positivos e adequados por parte dos pais ou cuidadores podem desenvolver cérebros 20 a 30% menores do que as crianças que tiveram experiências positivas e um ambiente seguro e acolhedor.
Atividades sensoriais com objetos do dia a dia

Ao contrário do que parece, as atividades sensoriais são simples de executar até mesmo em casa. Usando objetos corriqueiros é possível criar interesse visual, auditivo, táctil que viram brincadeiras inusitadas e estimulam a criatividade.  
 • Caixas sensoriais são um bom exemplo disso. São interessantes principalmente pela textura. O objetivo é fazer com que as crianças relaxem enquanto brincam, toquem texturas diferentes e por aí vai. Uma caixa com areia, arroz colorido ou outros grãos é o ponto de partida para a criação de cenários criativos e super divertidos! (Veja abaixo as figuras 2 e 6)
 • Contêineres cheios de água dão asas à imaginação para espaços de banho, laguinhos ou aquários. Desafie os pequenos a adivinhar quais objetos vão flutuar. Brincar com variações  de temperatura também é ótima ginástica para o cérebro. (Confira nas imagens 1, 3, 5 e 9)
  Creme de barbear, gelatina e massinha de modelar proporcionam exercício de familiarização com texturas e desenvolvem a coordenação motora fina e o movimento de pinça do polegar com o indicador. 


1Balões com água dentro da banheira. Eles flutuam, podem ser apertados e ainda servem como bola. Usar uma gota de corante alimentício diferente dentro da água em cada balão aumenta a diversão e ainda pode ensinar sobre misturas de cores. (Do site www.learning4kids.net)
2 - Uma caixa com areia pela metade pode servir de fonte de inspiração para várias brincadeiras divertidas. Aqui a proposta é um parque de dinossauros, que se monta em segundos com miniaturas de animais, plantas e pedras. Outras sugestões: escavação arqueológica para encontrar um "tesouro"; caça às letras do alfabeto enterradas na areia... realmente a areia é um material muito versátil! (Mais no site www.botoezinhos.com).
3 - Um mundo gelado emerge de uma bacia de plástico com água e pedaços de gelo que foram congelados em copos ou outras vasilhas com formatos variados. Pequenos animais marinhos completam o visual. (Do site www.learning4kids.net)
4 - Aqui o ingrediente sensorial é a gelatina, preparada em diferentes sabores e desenformadas sobre uma bandeja, para deleite de mãos curiosas! (A idéia vem do blog http://www.motheringwithcreativity.com)
5 - Um pouco de diversão na hora do banho: recorte letras de esponja e coloque na água da banheira. O blog www.learning4kids.net dá o passo-a-passo-em-fotos.
6 - Arroz colorido e miniaturas formam um pequeno jardim, que com certeza vai render horas divertidas cheias de imaginação. (Também no blog www.botoezinhos.com)
7 e 8 - Um pouco de neve, mesmo no verão? É só usar creme de barbear. E ainda dá para montar uns cenários, como a lagoa de sapos na figura 7. (Veja-mais-em http://growingajeweledrose.com/)
9 - Gelo também pode ser matéria prima de barquinhos coloridos. São blocos de gelo feitos com água tingida com corante. Na hora de congelar, ponha junto um palito, para fazer o mastro. (Do site www.learning4kids.net)
       
              As brincadeiras sensoriais, utilizadas em casa, ensinam as crianças a se sentirem mais confortáveis com o mundo que as cerca, e de quebra reforçam o vínculo afetivo entre pais e filhos. Quando a estimulação sensorial acontece em uma atmosfera alegre e relaxada, isso contribui para que a criança desenvolva uma relação positiva com o próprio corpo, o que por sua vez a encoraja a ser mais sociável e interativa. Aqui em casa, já estamos notando os primeiros resultados. Depois eu conto mais sobre as brincadeiras que estamos inventando...



 

FONTES DE REFERÊNCIAS:

 

*DISPONÍVEL NO SITE:

Atividades sensoriais: diversão para o corpo, alimento para a mente .....

www.lagartapintada.com/2013/.../atividades-sensoriais-diversao-para-o.h...


*ARTIGO; DISPONÍVEL EM:
Referência: